Quanto custa contratar um arquiteto?


Como e quanto os arquitetos cobram pelo seu trabalho?

Eis que chega o tão sonhado dia. Acabo de comprar um terreno, ou um imóvel já pronto, e agora devo iniciar o processo de construção ou de reforma da minha casa. Pois bem, como começar? Quem devo chamar? É o arquiteto? O que ele faz e, principalmente, como ele cobra?

Estas são perguntas bastante comuns para aqueles que desejam se lançar numa construção. Afinal, seja ela feita a partir do zero, ou uma reforma de um imóvel existente, o fato é que o processo exige desembolsos elevados, leva certo tempo para ser executado e demanda muita energia de quem está construindo. Nada mais natural, portanto, do que planejar bem cada passo desta empreitada.

O primeiro profissional que deve ser contatado é o arquiteto. Ele pode auxiliá-lo desde o momento da escolha do terreno, da casa ou do apartamento que você estiver pretendendo comprar. No caso de um terreno, ele vai levar em consideração a insolação, os ventos, os vizinhos, o acesso, os ruídos e o preço da terra, entre outros fatores, para ajudar na decisão sobre qual o melhor lote a ser comprado. No caso de um imóvel existente, o arquiteto analisará o estado da construção, o custo das alterações necessárias, a facilidade ou a possibilidade de se chegar ao resultado pretendido, etc, para escolher a melhor opção de imóvel.

Após a escolha do imóvel, o arquiteto iniciará o projeto arquitetônico com base nas discussões com o cliente. O ideal é que este projeto seja dividido em algumas fases – indo de uma etapa mais conceitual até o projeto executivo, o detalhamento de todo o projeto – a fim de que as definições sejam feitas de forma madura, evitando assim alterações futuras na obra. É importante lembrar que o projeto nada mais é do que o planejamento de tudo o que vai ser construído na sequência. É no projeto que devem estar assinalados os materiais, os detalhes construtivos, os espaços, a relação entre a construção e o entorno, etc. Gastar o tempo e o dinheiro necessários nesta etapa é a garantia de uma obra bem feita e bem planejada. Fazer alterações em projeto é muito mais barato do que as mesmas alterações já na etapa da obra.

O arquiteto pode ainda participar ou não da construção da sua casa. Quando participa, em geral, ele pode atuar de duas maneiras: fazendo apenas uma fiscalização da execução, com visitas semanais, quinzenais ou mensais para tirar dúvidas de quem estiver construindo; ou fazendo o gerenciamento da obra, um serviço mais complexo e que envolve a contratação da mão de obra, a fiscalização da execução, a compra de materiais, o controle financeiro e do cronograma de obra.


O valor do projeto pode parecer alto, mas ele é o produto final, apenas ainda não construído

Mas como e quanto os arquitetos cobram?

Há várias formas de cobrar por estes serviços. Para a etapa de projeto, as formas mais comuns são por porcentagem dos gastos, por metro quadrado ou ainda por valor fixo a partir de tabelas que verificam a quantidade de horas-homem necessária para a execução do projeto.

No caso da porcentagem, os valores cobrados variam entre 5% e 10% do valor a ser gasto na obra. Este valor pode ser estimado previamente a partir da área que se espera que a futura residência tenha e do custo por metro quadrado a ser aplicado nesta primeira estimativa de custos. Esta é a forma de cobrança recomendada, por exemplo, pelo IAB (Instituto dos Arquitetos do Brasil) e ASBEA (Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura). O percentual a ser cobrado vai variar de acordo com o profissional, com o tamanho e a complexidade do projeto. A tendência é a de que projetos maiores custem menos percentualmente do que os projetos menores. Em obras muito pequenas, o valor de projeto pode facilmente ultrapassar os 10%.

Os principais jornais publicam regularmente tabelas com as faixas de preço cobrado por metro quadrado por estes profissionais. Neste tipo de cobrança (metro quadrado) o valor independe do quanto será gasto na obra. A desvantagem desse sistema de cobrança é que nem sempre um projeto maior demanda mais trabalho do arquiteto e, consequentemente, não deveria custar mais.

Cobrar o projeto em função da quantidade de horas de trabalho é, a princípio, a maneira mais justa de cobrança. A partir de uma estimativa inicial de trabalho, que ainda contempla custos indiretos, impostos, etc, o arquiteto passa um preço de projeto para o cliente. Este valor independe da área do imóvel ou do quanto será gasto na obra. É efetivamente o custo do projeto. É importante, entretanto, que este valor não varie, além de ser sempre salutar na hora da contratação por este regime de preço, uma comparação do valor cobrado com as porcentagens citadas anteriormente (5% a 10%).


Envolvimento total

Além do projeto, o arquiteto pode se envolver com a obra. No caso de uma simples fiscalização, em que o profissional faz visitas periódicas à construção, normalmente a cobrança é feita em função de horas técnicas. Estima-se uma quantidade de horas por visita e aplica-se um valor por hora, que depende muito da cidade ou região do país. Normalmente, após a visita, o arquiteto prepara um relatório do que foi verificado na obra. As horas para a preparação deste relatório devem também ser consideradas no cálculo.

Por fim o arquiteto pode ainda ser o responsável por todo o gerenciamento da obra. Um trabalho muito mais amplo e com maior responsabilidade. Em geral, este trabalho é também cobrado por porcentagem sobre o valor efetivamente gasto na obra. Essa porcentagem costuma variar de 10% a 17% do total despendido pelo cliente, incluindo materiais e mão de obra. Novamente, quanto maior e mais cara a obra, a tendência é a de que a porcentagem cobrada seja menor. Eventualmente, pode ser cobrado um valor fixo ou ainda por hora por este gerenciamento, mas não é o usual, principalmente em obras residenciais.

O trabalho do arquiteto, portanto, é amplo e pode ser cobrado de diversas maneiras. Converse com o seu profissional para encontrar o modo mais adequado à sua realidade. O valor do projeto pode parecer alto, mas é nele que estarão contemplados e planejados todos os seus desejos e necessidades. O projeto é o produto final, apenas ainda não construído. Um projeto mal detalhado certamente acarretará uma obra mais confusa e cara. Pagar 50% menos por um projeto ruim significa economizar cerca de 3% do valor final da construção para se ter um produto final pior com o qual você terá de conviver por toda a vida. E caso queira vender seu imóvel um dia, ele valerá menos.

Autores: Fernando Forte e Rodrigo Marcondes Ferraz
Fonte: http://casaeimoveis.uol.com.br/tire-suas-duvidas/arquitetura/como-e-quanto-os-arquitetos-cobram-pelo-seu-trabalho.jhtm

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2 Comentários

  1. Reformei minha casa em sao paulo, e construí uma no interior com o pessoal do 2a estudio. Eles cuidaram de tudo, desde projeto, escolha de acabamentos, obra, limpeza e mudança. Bom para quem não quer esquentar a cabeça…quando voltei para minha casa estava tudo pronto. ELes são muito bons, os melhores que já trabalhei.

    1. Oi, Carolina

      Obrigada por compartilhar conosco sua boa experiência ao trabalhar com arquitetos, o que garante qualidade e tranquilidade ao cliente.

      Um abraço,
      Aline

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